Teste do Bafômetro: O Que Todo Motorista Precisa Saber
- Larissa Martins
- 8 de ago. de 2024
- 4 min de leitura
O teste do bafômetro, ou etilômetro, é um dispositivo amplamente utilizado em blitzes de trânsito para identificar a presença de álcool no organismo do motorista.
Neste texto, vamos esclarecer os principais pontos sobre o bafômetro, que com a Lei Seca em vigor, a fiscalização é rigorosa, e entender como o bafômetro funciona, as implicações de sua recusa e as possibilidades de recursos a multas em desacordo pode salvar você motorista de uma penalidade errônea e injusta.
1. Situações em Que o Teste do Bafômetro Pode Ser Exigido
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o teste do bafômetro pode ser exigido em duas situações principais:
Acidente de Trânsito: Se o motorista estiver envolvido em um acidente, ele pode ser submetido ao teste para verificar a presença de álcool no sangue.
Fiscalização de Trânsito: Durante uma blitz ou fiscalização, o condutor pode ser solicitado a realizar o teste para confirmar a ausência de substâncias alcoólicas.
2. Negar-se ao Teste é Permitido? Consequências da Recusa e Limite
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não permite a imposição forçada do teste do bafômetro. O motorista tem o direito de se recusar a realizar o teste, mas essa recusa não é isenta de consequências. As penalidades para quem se recusa a fazer o teste incluem:
Multa: O valor da multa por recusa ao teste é de R$ 2.934,70.
Suspensão da CNH: A suspensão do direito de dirigir é de 12 meses e o motorista deverá passar por um curso de reciclagem.
Se você optar por realizar o teste e o resultado for positivo para álcool, as penalidades administrativas são as mesmas: multa e suspensão da CNH.
O teste positivo significa que, ao realizar o teste do bafômetro, o valor exibido no visor não pode ser superior a 0,04 mg/l, caso contrário, haverá penalidades.
Até 0,04 mg/l: resultado dentro da margem permitida, portanto, não haverá penalidades;
De 0,05 mg/l a 0,33 mg/l: configura uma infração gravíssima;
Igual ou superior a 0,34 mg/l: caracteriza-se como crime de trânsito;
Se o nível de álcool for igual ou superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de ar alveolar, você pode ser processado criminalmente, o que pode acarretar penas mais severas, como detenção de seis meses a três anos.
3. O Que Fazer Durante a Abordagem ou Blitz
Durante uma abordagem de fiscalização, o ideal é cooperar e realizar o teste do bafômetro se solicitado. No entanto, é importante estar ciente de que algumas situações podem levar a resultados falsos positivos, como:
Medicamentos com Álcool: Alguns medicamentos, especialmente os homeopáticos, podem conter álcool e afetar o resultado do teste.
Produtos com Álcool: Itens como bombons de licor, enxaguantes bucais, alguns tipos de pões podem levar a uma leitura positiva no bafômetro.
Caso o teste apresente um resultado positivo, o motorista pode solicitar uma contraprova, como o exame de sangue, para verificar a real concentração de álcool.
4. Possibilidade de Fazer Contraprova e Contestar o Auto de Infração
Se você se recusar a fazer o teste ou obter um resultado positivo, você ainda pode apresentar uma contraprova para contestar a autuação. A contraprova pode ser feita por meio de exames de sangue ou laudos médicos realizados em até 24 horas após a autuação.
Mesmo que o teste do bafômetro tenha sido realizado, você tem o direito de apresentar provas adicionais para demonstrar que não estava dirigindo sob influência de álcool.
5. Defesa Administrativa e Possibilidade de Cancelamento da Multa e da Suspensão do Direito de Dirigir
O motorista autuado por recusa ao teste do bafômetro pode recorrer da multa e da suspensão de sua CNH através de um processo administrativo. Este processo envolve três fases:
Defesa prévia: O infrator tem o direito de apresentar sua defesa antes da aplicação da penalidade. Caso esta não seja acolhida, o processo segue para as próximas instâncias.
JARI (Junta Administrativa de Recursos de Infrações do DETRAN): Se a defesa prévia não for aceita, o condutor pode recorrer à JARI em primeira instância.
CETRAN (Conselho Estadual de Trânsito): Em casos de decisões desfavoráveis na JARI, o condutor ainda pode recorrer ao CETRAN em segunda instância.
Durante o processo, o motorista pode manter sua CNH regular, garantindo que possa continuar dirigindo enquanto o recurso é analisado.
6. Quais as Chances de o Recurso Administrativo Dar Certo?
As chances de sucesso em um recurso administrativo variam conforme o caso. É importante observar todos os detalhes e formalidades no processo, como o preenchimento correto do auto de infração e a notificação adequada. Falhas formais por parte do órgão de trânsito podem levar à nulidade da multa.
Entender o funcionamento do teste do bafômetro, as implicações da recusa e como fazer a contraprova são aspectos cruciais para qualquer motorista. Em caso de infração, é importante estar ciente dos seus direitos e das opções de recurso disponíveis para garantir que suas penalidades sejam tratadas de forma justa e adequada.
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🔗 Fontes: Despachante Dok, G1, JusBrasil e Portal do Trânsito.
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Larissa Martins
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